Família denuncia sumiço do corpo e cobra explicações da prefeitura e da administração do cemitério
O pastor evangélico, Gilbert Tavares da Matta descobriu que o corpo de sua mãe desapareceu da sepultura onde havia sido enterrada no ano passado.
O pastor evangélico Gilbert Tavares da Matta, de 42 anos, vive um verdadeiro drama desde que foi visitar o túmulo de sua mãe, Jorgina Tavares, que faleceu aos 74 anos em 17 de agosto do ano passado e foi sepultada no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo.
Gilbert contou que fazia visitas periódicas à sepultura uma vez por mês, principalmente após o desaparecimento da ossada de um irmão, também enterrado no local. Na ocasião, a administração do cemitério lhe entregou uma ossada que, segundo ele, não tinha certeza se realmente pertencia ao irmão. Desde então, passou a visitar o local com mais frequência.
Em fevereiro deste ano, ao chegar ao cemitério, Gilbert percebeu que a tampa da sepultura havia sido trocada sem sua autorização. Ao questionar a administração, o diretor afirmou que se tratava de uma manutenção de rotina e que não havia necessidade de avisar os familiares.
Na última quinta-feira, dia 3, o pastor voltou ao cemitério acompanhado de uma prima para visitar outra sepultura da família e, mais uma vez, questionou a direção sobre a troca da tampa. Diante de respostas evasivas, decidiu solicitar a abertura da sepultura para verificar se os restos mortais eram realmente de sua mãe.
Gilbert, já havia desconfiado desde fevereiro, que algo poderia estar errado. |
Com a autorização do setor jurídico da Prefeitura de São Gonçalo, a sepultura foi aberta. Para a surpresa e desespero da família, o corpo encontrado no local não era o de Jorgina Tavares.
A Polícia Civil foi acionada, e peritos, com base em fotos e testemunhos, confirmaram que o corpo não correspondia à idosa. Além disso, o caixão era diferente do que havia sido usado no sepultamento, e objetos pessoais que estavam na sepultura também haviam desaparecido.
O caso foi registrado como subtração e ocultação de cadáver, além de destruição, e será investigado pela 72ª DP (Mutuá).
A família pretende processar a Prefeitura de São Gonçalo. Curiosamente, nas redes sociais, internautas relataram que esse tipo de ocorrência não é inédita em cemitérios da cidade, e que a prática de remoção de corpos antes do prazo legal seria comum.
A SpingRV Notícias tentou contato com a Prefeitura de São Gonçalo, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria, mas se coloca à disposição para ouvir esclarecimentos que se façam necessários.
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