INTOLERÂNCIA RELIGIOSA VELADA DA REDE RECORD E DA IGREJA UNIVERSAL
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Enquanto diversas emissoras de televisão dedicaram espaço à cobertura do falecimento do Papa Francisco — que por mais de uma década liderou a Igreja Católica Apostólica Romana — a Rede Record limitou-se a exibir apenas notas rápidas sobre a morte do pontífice.
A postura da emissora evidencia uma intolerância religiosa velada por parte de sua liderança, ligada diretamente a Edir Macedo Bezerra, fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus.
Nos anos 1980, o próprio Edir Macedo relatou em sua biografia ter sido preso sob a acusação de charlatanismo. Ele afirma que, durante uma audiência judicial, havia um padre presente, acompanhando seu depoimento — fato que, segundo Macedo, reforçaria a tese de perseguição religiosa.
Contudo, ao interpretar esse episódio como um marco de intolerância religiosa, o líder da Universal parece ignorar que a estrutura de liderança da Igreja Católica daquela época era bastante distinta da que terminou na última segunda-feira, 21, com o falecimento do Papa Francisco — reconhecido mundialmente por sua postura de diálogo, humildade e tolerância.
A escolha editorial da Record — ou a ausência dela — dá margem para questionamentos sobre a prática dos princípios que a própria Igreja Universal prega, como união, perdão e misericórdia, que parecem, nesse caso, não ter ultrapassado os limites simbólicos dos altares.
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