A crise na educação pública de São Gonçalo - Falta professores, e estrutura para trabalhar.
O ano letivo na rede municipal de São Gonçalo começou há dois meses, mas os alunos ainda não tiveram aulas regulares. A crise na educação pública do município escancara a falta de planejamento da prefeitura, que não cumpre suas obrigações com professores e estudantes.
Os profissionais da educação seguem em estado de greve devido ao não pagamento do 13º salário por parte da prefeitura. Além disso, as escolas municipais enfrentam uma situação de precariedade e abandono, sem estrutura mínima para garantir um ensino de qualidade.
ESCOLAS SEM CLIMATIZAÇÃO E SALAS SUPERAQUECIDAS
Das 118 escolas municipais de São Gonçalo, apenas 20 possuem ar-condicionado – e esses equipamentos foram adquiridos com verbas federais, não com recursos da prefeitura. Nas outras 98 unidades, professores e alunos sofrem com o calor extremo. Muitas escolas sequer possuem ventiladores funcionando, tornando o ambiente de aprendizado insuportável.
FALTA DE MERENDA E MATERIAL ESCOLAR
Outro grave problema é a alimentação dos estudantes. Em diversas escolas, a merenda não está sendo servida adequadamente, comprometendo a nutrição das crianças. Além disso, dois meses após o início do ano letivo, a prefeitura ainda não distribuiu os kits escolares, alegando "processo logístico". Para os pais e responsáveis, a demora é um descaso inaceitável.
FALTA DE PROFESSORES E TURMAS REDUZIDAS
A crise no ensino também se reflete na falta de profissionais. Na Escola Municipal Paulo Reglus Neves Freire, por exemplo, não há professores suficientes, o que obrigou a unidade a funcionar em meio período. A situação se repete em outras escolas, prejudicando o aprendizado e sobrecarregando os poucos educadores que continuam lecionando.
PREFEITO LANÇA "DISQUE-DENÚNCIA" CONTRA PROFESSORES
Em meio ao caos, o prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, lançou um disque-denúncia para que a população informe sobre professores que estariam faltando ou reduzindo o horário de trabalho. A medida foi duramente criticada por pais e educadores, que se sentiram perseguidos, já que a greve é um direito garantido por lei. Para muitos, a atitude da prefeitura demonstra a total falta de diálogo e respeito com os profissionais da educação.
Enquanto isso, os alunos seguem sem um ensino digno, e a população questiona: até quando São Gonçalo continuará refém de uma gestão ineficaz na educação?
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