Ex-presidente e aliados são acusados de tentativa de manter Bolsonaro no poder ilegalmente; STF pode torná-lo réu
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia formal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 investigados, acusando-os de planejar um golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. Caso a denúncia seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se tornará réu e enfrentará um julgamento.
A acusação de 272 páginas aponta que Bolsonaro liderava uma organização criminosa que buscava impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a PGR, o ex-presidente adotava um discurso antidemocrático desde 2021, o qual se intensificou conforme a derrota eleitoral se aproximava.
A denúncia detalha as condutas individuais de cada acusado e afirma que havia um plano para subverter a democracia brasileira. Entre os denunciados, estão ex-ministros e até um ex-comandante da Marinha. A Primeira Turma do STF ainda pode decidir arquivar o caso.
A sessão para julgar a aceitação das acusações contra Bolsonaro está marcada para o dia 25 de março. Caso o STF aceite a denúncia, ele passará à condição de réu no processo.
A defesa do ex-presidente nega as acusações e afirma que não há provas concretas de que ele tenha tentado desestabilizar as instituições democráticas do país. O caso representa um momento decisivo para a política brasileira, podendo definir o futuro do ex-presidente perante a Justiça.
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