Moradores denunciam ônibus sucateados, atrasos e retirada de veículos noturnos
Neste sábado (1º), lideranças comunitárias e moradores da Engenhoca realizaram uma manifestação em frente à garagem da empresa de ônibus Brasília. O protesto foi motivado pelas más condições dos veículos, horários reduzidos e a retirada dos ônibus noturnos, conhecidos como "ônibus sereno".
Os passageiros que dependem das linhas 61, 67 e 41 enfrentam dificuldades diárias, como atrasos de até 40 minutos, principalmente nos fins de semana, além de veículos sucateados e sem ar-condicionado funcionando.
Na linha 61, a principal reclamação é a superlotação. Já na linha 67, que atende os bairros Tenente Jardim, Morro do Castro, Cova da Onça e Baldeador, os usuários enfrentam problemas com ônibus sem ar-condicionado, longos intervalos entre as viagens e a ausência de ônibus noturnos. Quem depende das linhas 67 e 41 após as 23h30 pode ter que esperar mais de uma hora ou até mesmo não encontrar mais veículos circulando.
A retirada dos ônibus serenos, tanto pela empresa Brasília quanto pela Ingá, ocorreu com base em um decreto da Prefeitura de Niterói, assinado pelo prefeito Axel Grael durante a pandemia. No entanto, mesmo após o fim da crise sanitária, as empresas não retomaram os ônibus noturnos, afetando milhares de passageiros.
Diante da falta de respostas, as lideranças comunitárias ameaçam bloquear a circulação dos ônibus da Brasília por 24 horas nas comunidades onde a empresa detém o monopólio, caso nenhuma providência seja tomada.
Durante o protesto deste sábado, nenhum representante da empresa Brasília compareceu à garagem para dialogar com os manifestantes.
No bairro Tenente Jardim, a empresa opera desde a década de 1980, quando adquiriu a antiga Expresso Tenente Jardim. No entanto, moradores afirmam que o monopólio do transporte na região já dura mais de 50 anos.
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