Aquisição milionária de Justin Sun levanta debates sobre arte, criptomoedas e autopromoção.
O magnata chinês das criptomoedas Justin Sun desembolsou mais de R$ 36 milhões (US$ 6,2 milhões) para adquirir a polêmica obra “Comedian”, do artista Maurizio Cattelan, durante um leilão da Sotheby’s, em Nova York. A peça, conhecida por sua simplicidade – uma banana presa à parede com fita adesiva – foi disputada intensamente por seis minutos antes de ser arrematada. Sun revelou que cogitou pagar a quantia utilizando criptomoedas como Tron (TRX) ou Bitcoin.
Em entrevista à Bloomberg, Justin Sun compartilhou suas intenções para a obra. Inicialmente, ele pretende exibi-la em seu apartamento em Hong Kong, mas também considera enviá-la a Marte, caso Elon Musk apoie a ideia. Para o magnata, a peça dialoga com os valores das criptomoedas. “Ela ressoa com nossa ideia de descentralização no mundo das criptomoedas, porque esta é uma obra de arte conceitual—é impossível destruir a própria obra”, afirmou.
Críticos de arte, como Jason Farago, destacam o impacto simbólico da peça. Segundo ele, “Comedian” desafia os sistemas econômicos e sociais que definem o valor da arte, questionando o que é considerado valioso na sociedade contemporânea.
Apesar disso, a compra também gerou controvérsia. Muitos acreditam que a aquisição foi uma estratégia de autopromoção de Sun, que era pouco conhecido fora do universo das criptomoedas. Com o gesto excêntrico, o empresário ganhou notoriedade global, alimentando discussões sobre até que ponto sua decisão foi motivada pela apreciação da arte ou pelo desejo de ampliar sua imagem pública.
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