VIOLETA NEGRA - No mergulho da escuridão, onde o orvalho e a neblina se confundem a noite, está tão bela figura, que para muitos é uma estranha. Ela desafia o medo e em sono está entre os que dormem eternamente.
Violeta, não teme, não se assusta, não se espanta, mas o medo teme a Violeta.
Violeta, é vida, mas também é morte. Violeta, e a beleza no meio a arte tumular. Ela é o lúdico, e é o gótico.
Violeta é o sorriso, e o choro,
a festa e o fúnebre.
Ela é um mistério.
Violeta, é a vida em meio a morte,
é o espirito que vaga, mas que todo mundo vê.
Quem é a jovem Violeta?
Autor: William C Simas.
ENTENDENDO O TEXTO DO AUTOR
O texto "Violeta Negra" apresenta uma figura enigmática e multifacetada, que personifica uma série de dualidades e mistérios. Vamos detalhar e interpretar cada parte do texto:
"No mergulho da escuridão, onde o orvalho e a neblina se confundem a noite, está tão bela figura, que para muitos é uma estranha."
Aqui, Violeta é introduzida como uma figura bela, mas enigmática, que se encontra nas profundezas da escuridão, um lugar onde a linha entre o visível e o invisível é tênue. O orvalho e a neblina, que são sutis e quase imperceptíveis, misturam-se na noite, criando uma atmosfera de mistério e introspecção. Violeta é vista como uma estranha, alguém que não é facilmente compreendida ou aceita, destacando sua natureza única e possivelmente incompreendida.
"Ela desafia o medo e em sono está entre os que dormem eternamente."
Violeta é uma figura que transcende o medo; ela não se deixa abalar pelas trevas ou pelo desconhecido. O "sono entre os que dormem eternamente" sugere que ela está ligada ao mundo dos mortos, talvez caminhando entre os túmulos ou se relacionando com aqueles que já passaram para o outro lado. Violeta parece confortável nesse espaço, imersa em uma serenidade que contrasta com o medo que normalmente acompanha a morte.
"Violeta, não teme, não se assusta, não se espanta, mas o medo teme a Violeta."
Violeta é imperturbável, uma figura de força e calma em meio ao caos e ao terror. O fato de que "o medo teme a Violeta" inverte a ordem natural das coisas, sugerindo que ela possui um poder ou uma presença tão fortes que até mesmo o medo, uma força geralmente dominante, se curva diante dela.
"Violeta, é vida, mas também é morte. Violeta, e a beleza no meio a arte tumular."
Aqui, a dualidade de Violeta é enfatizada: ela é tanto vida quanto morte. Isso a coloca como uma figura que transita entre dois mundos opostos, mas igualmente importantes. A referência à "arte tumular" indica que ela vê beleza no que muitos considerariam sombrio ou macabro, como os túmulos e o cemitério. Isso sugere uma sensibilidade gótica, onde a beleza é encontrada na escuridão e na mortalidade.
"Ela é o lúdico, e é o gótico."
Violeta representa tanto o lúdico, o aspecto mais leve e brincalhão da vida, quanto o gótico, que é mais sombrio, introspectivo e ligado ao mistério e à morte. Essa mistura reflete uma personalidade complexa e rica, que não pode ser reduzida a um único aspecto.
"Violeta é o sorriso, e o choro, a festa e o fúnebre."
As contradições continuam, mostrando que Violeta abrange tanto a alegria quanto a tristeza, tanto a celebração quanto o luto. Ela é uma figura completa, que incorpora toda a gama de experiências humanas.
"Ela é um mistério."
Aqui, o texto reafirma que Violeta é uma figura enigmática, cuja verdadeira natureza é difícil de compreender completamente.
"Violeta, é a vida em meio a morte, é o espírito que vaga, mas que todo mundo vê."
Violeta é descrita como uma manifestação da vida no meio da morte, como se ela fosse uma alma viva em um ambiente de morte. O "espírito que vaga, mas que todo mundo vê" sugere que, embora ela possa ser de natureza espectral ou espiritual, sua presença é tangível e perceptível por todos.
"Quem é a jovem Violeta?"
Essa pergunta final deixa o mistério em aberto, convidando o leitor a refletir sobre a identidade de Violeta. Ela é uma personificação de forças opostas, uma figura que caminha entre vida e morte, luz e escuridão, alegria e tristeza. Violeta pode ser vista como um símbolo de transição, de aceitação da mortalidade e do ciclo da vida, e ao mesmo tempo, uma celebração da beleza que pode ser encontrada mesmo nas partes mais sombrias da existência.
Conclusão: Violeta Negra é uma figura simbólica rica em significados, representando a fusão de opostos e a presença do mistério no cotidiano. Ela desafia as convenções, andando livremente entre vida e morte, beleza e escuridão, alegria e luto, tornando-se uma personificação do gótico lúdico, onde a morte e a vida coexistem em harmonia e beleza.
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