CERCA DE 1 MINUTO E MEIO DE DESESPERO, ONDE O PILOTO LUTA PARA TENTAR TIRAR A AERONAVE DO ESTOL
De acordo com dados fornecidos pelo site Flightradar24, o voo PTB2283, da empresa aérea VoePass, decolou de Cascavel às 11h50 e subiu até a altitude de 17 mil pés. A aeronave manteve essa altura até às 13h20, quando começou a apresentar sinais de queda. Segundo o site, por um breve momento, a aeronave conseguiu reagir à queda, mas logo após entrou em uma descida descontrolada.
O radar perdeu definitivamente o sinal da aeronave às 13h22. O site Flightradar24 esclarece que, desde o início das anomalias no voo, foram aproximadamente 89 segundos de queda, o que equivale a cerca de 1 minuto e meio de descida descontrolada.
Áudios da torre de controle indicam que houve um aviso para um avião da Azul Linhas Aéreas sobre a formação de gelo severo a 12.000 pés de altura. O voo da VoePass estava a aproximadamente 17.000 pés quando as anomalias começaram.
O QUE DERRUBOU O VOO PTB2283 DA VOEPASS?
O acidente com o voo PTB2283 ainda está sob investigação pelas autoridades competentes. Os dados das caixas-pretas da aeronave foram recuperados e estão intactos, o que poderá fornecer informações precisas sobre o que realmente aconteceu nos minutos decisivos que antecederam essa tragédia.
Especialistas sugerem que o acúmulo de gelo nas asas da aeronave pode ter comprometido as características de voo ou sua aerodinâmica, colocando o avião em situação de estol. Estol ocorre quando a aeronave perde sustentação e capacidade de navegabilidade devido à baixa velocidade.
ERA POSSÍVEL FAZER ALGO NAQUELA SITUAÇÃO?
Especialistas afirmam que, dependendo das condições, é possível sair de uma situação de estol, desde que o piloto disponha de tempo e altitude suficientes, o que pode não ter sido o caso do voo PTB2283. Em situações de estol, o procedimento padrão envolve abaixar o nariz do avião para ganhar velocidade e, em seguida, elevar o manche para tentar recuperar a sustentação. Nos momentos finais do voo PTB2283, é possível ver que o piloto ainda tentou apontar o nariz da aeronave para baixo, possivelmente em uma tentativa de recuperar o controle, mas sem sucesso.
Segundo especialistas, em um caso de queda, o piloto deve baixar o trem de pouso da aeronave, oque não foi feito no voo da VoePass, por algum motivo que ainda é desconhecido.
Neste infográfico, é possível ver a queda de altitude e velocidade da aeronave, desde a decolagem até a queda. |
O fenômeno de formação de gelo em altitudes mais elevadas é um risco conhecido na aviação, podendo afetar a aerodinâmica da aeronave, além de interferir nos sensores de velocidade, como o tubo de Pitot. A formação de gelo pode ser particularmente perigosa em condições de baixa visibilidade e temperaturas extremas.
SpingRV Notícias: Niterói, São Gonçalo, Rio de Janeiro
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