Pular para o conteúdo principal

🌐 - 𝗠𝗔𝗡𝗖𝗛𝗘𝗧𝗘 𝗘𝗠 𝗗𝗘𝗦𝗧𝗔𝗤𝗨𝗘

QUEM ERA A IDOSA QUE MORREU ONTEM APÓS SER ATROPELADA POR ÔNIBUS NO TERMINAL JOÃO GOULART, EM NITERÓI

Imagem
Maria Rosa Ribeiro Doria, de 82 anos, foi atingida enquanto atravessava área proibida para pedestres no Terminal João Goulart Foto: reprodução | A idosa acabou sendo atropelada quando voltava do hospital Antonio Pedro, e iria fazer compras com o neto.  Na última terça-feira (17), Maria Rosa Ribeiro Doria, de 82 anos, foi atropelada por um ônibus enquanto tentava atravessar uma área destinada exclusivamente a coletivos, no Terminal Rodoviário João Goulart, em Niterói . O acidente ocorreu por volta das 16h18, na via de acesso da Av. Visconde do Rio Branco. Testemunhas afirmaram que a idosa teria tentado atravessar um trecho onde o tráfego de pedestres é proibido. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a vítima já estava sem vida quando os socorristas chegaram ao local. O corpo de Maria Rosa foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Barreto, e liberado na manhã desta quarta-feira (18) após o comparecimento de familiares.  VIDA DEDICADA AO PRÓXIMO Maria Rosa era uma frequentadora

TRANSE DA MEIA-NOITE

TRANSE DA MEIA-NOITE 


PARTE 1 - NO CAMPO SANTO 

Seu sorriso me fez tremer, mas seu olhar me prendia


Acabei de colocar as flores em cima do mármore, e havia acabado de fazer a minha prece.  O barulho do vento, espalhando as folhas pelo chão, era a única coisa que eu podia ouvir na imensidão do silêncio do cemitério. 
Eu coloquei a minha mão no bolso, e tirei um cigarro, e acendi com meu isqueiro.
Ouvi passos atrás de mim, que parecia pisar as folhas secas. Me arrepiei. 
Me virei, e ela apareceu!
O que você está fazendo aqui? Ela me perguntou.
Eu engoli seco, pensei de onde ela saiu, e como surgiu do nada.
Fala, moço! Perdeu a língua?
Só vim visitar um parente. - Respondi!
Ela deu uma gargalhada, e disse: Eu sei! Eu, já sabia, moço! Eu, só vim aqui te pedir um cigarro.

Eu entreguei o cigarro para ela, ainda tentando entender o que estava acontecendo. Suas mãos eram frias, como se tivessem acabado de sair de um banho gelado. Ela sorriu de um jeito enigmático, um sorriso que parecia conter segredos antigos.

— Você vem sempre aqui? — ela perguntou, acendendo o cigarro com o meu isqueiro, sem tirar os olhos de mim.

Eu balancei a cabeça, tentando encontrar minha voz.

— Não... Não muito. Só em dias especiais — respondi, sentindo o peso das palavras no ar.

Ela soltou a primeira tragada, o fumo formando uma névoa que se misturava com o frio do fim da tarde. 

— Hoje é um dia especial para você? — Ela perguntou, sem desviar o olhar.

— É... — hesitei. — Era aniversário dela.

— Ah, entendo... — Ela disse, soltando a fumaça devagar, como se estivesse ponderando algo importante. — A saudade é uma coisa engraçada, não é? Parece que ela se apega à alma, nunca vai embora de verdade.

Eu não sabia o que dizer. Havia algo nela que me deixava inquieto, algo que não combinava com a normalidade daquela situação. Seu vestido escuro ondulava com o vento, e seus olhos, profundos e brilhantes, pareciam captar mais do que deveriam.

— E você? — perguntei, tentando aliviar a tensão que se instalara entre nós. — O que faz aqui, sozinha?

Ela riu novamente, dessa vez mais suave, quase melancólica.

— Ah, moço... Eu venho aqui para lembrar. Para não esquecer quem eu sou. Ou quem eu fui...

Aquelas palavras ecoaram dentro de mim como um sino distante, e de repente, tudo pareceu mais frio, mais denso. Eu senti um arrepio subir pela minha espinha.

— Você... — comecei, mas a pergunta morreu na minha garganta. Algo me dizia que eu não queria, ou talvez não deveria, saber a resposta.

Ela deu a última tragada no cigarro, apagou-o no chão com um gesto tranquilo, e me olhou com uma expressão que eu não conseguia decifrar.

— Bom, acho que já está na minha hora — ela disse, começando a se afastar.

— Espere! — eu disse, quase sem pensar. — Qual é o seu nome?

Ela parou, olhando para mim por cima do ombro, e respondeu com um sorriso enigmático:

— Talvez um dia você descubra... Se tiver sorte.


PARTE 2 BECOS DO RIO 

E então, como se o vento a tivesse levado, ela desapareceu na penumbra do cemitério, deixando-me ali, sozinho, com a estranha sensação de que algo mais profundo e misterioso acabara de acontecer.

O vento continuava a soprar, levando as folhas para longe, mas agora o silêncio parecia diferente. Mais pesado, mais cheio de significados que eu ainda não podia compreender.

Acendi outro cigarro, mas o gosto amargo que ficou na boca não vinha do tabaco. Vinha da certeza de que aquela noite, e aquele encontro, me seguiriam por muito tempo.


Aquele dia ficou para trás, e eu continuei seguindo minha vida normalmente. Algumas vezes, à noite, antes de dormir, a imagem daquela mulher e seu sorriso vinham à minha mente. 

Eu não sabia se era ela que estava me tirando o sono ou se eram as dívidas que se acumulavam em meu nome. 

Fazia dois anos que eu havia ficado viúvo, e desde então, tudo havia piorado.

Na sexta-feira, saí da repartição e parei na Cinelândia. Resolvi ficar na rua até mais tarde, enquanto apreciava as modas e tomava uma cerveja.

As horas passaram rapidamente, e quando me dei conta, já era quase uma hora da madrugada de sábado. 

Paguei o garçom e decidi fazer uma longa caminhada até meu pequeno apartamento na Praça da República.

De repente, o vento de chuva começou a soprar, e os papéis eram arrastados pela rua no centro do Rio. 

Eu gosto de andar, e mesmo precisando caminhar cerca de 25 minutos, não me importava de andar pelas ruas do centro à noite. 

Eu até achava interessante. 

Porém, ao me aproximar de um beco, senti o cheiro de cigarro e vi alguém encostado no poste, escondido na escuridão. 

Um arrepio me percorreu, e forcei a vista para ver quem era. Dei um passo à frente, com um certo receio, mas também cheio de curiosidade.

Vi a silhueta feminina da mulher encostada no poste, usando uma longa saia que arrastava pelo chão. Seus cabelos estavam soltos, e ela segurava o cigarro entre os dedos. 


3 - NA ENCRUZILHADA DO BECO 



Aproximei-me, pois a escuridão ainda não havia revelado seu rosto, mas eu já sabia quem poderia ser. 

Conforme me aproximei, a coragem veio, e, a menos de um metro, seu rosto se revelou. 

Era ela! A mulher do cemitério.

— Está com medo de quê, moço? — disse ela, puxando a fumaça do cigarro com uma certa sensualidade.
Ele bateu de frente com ela na escuridão. Ela era mais misteriosa que a noite, e seu poder de atração era mais forte que a luz da luz.



Aquele encontro inesperado me deixou paralisado por um instante. O som das minhas próprias batidas de coração parecia ecoar mais alto que o vento que soprava pela rua deserta. Ela exalava um mistério que me atraía e me assustava ao mesmo tempo. Mesmo na penumbra, seus olhos brilhavam com uma intensidade perturbadora.

— O que você quer de mim? — perguntei, tentando soar mais corajoso do que realmente me sentia.

Ela deu uma última tragada no cigarro e jogou-o no chão, esmagando-o com o salto de seu tamanco. Seu sorriso era enigmático, quase predatório.

— Talvez eu só queira uma boa companhia para essa noite — disse ela, aproximando-se um pouco mais. — Ou talvez... algo mais.

Eu recuei um passo, mas não consegui me afastar de verdade. Havia algo naquela mulher que me prendia ali, como se ela tivesse lançado um feitiço em mim. O cheiro do cigarro ainda pairava no ar, misturado com o aroma de chuva iminente.

— Você não deveria estar aqui — eu disse, embora minha voz soasse mais como uma pergunta do que uma afirmação.

Ela riu, um som baixo e rouco que pareceu vibrar na noite.

— Eu vou onde sou necessária. E, pelo visto, você precisava de mim. 

Ela se aproximou mais, até que seu rosto estivesse a centímetros do meu. Eu podia sentir seu hálito quente, misturado ao cheiro de tabaco e algo mais, algo que eu não conseguia identificar. Seus olhos, agora bem visíveis, eram profundos e pareciam conter segredos que remontavam a eras.

— Você é real? — perguntei, sem pensar, minha voz tremendo levemente.

Ela não respondeu de imediato. Em vez disso, sua mão fria tocou meu rosto, traçando uma linha suave até meu queixo. Aquele toque me fez estremecer, mas eu não recuei.

— O que é real, moço? — respondeu ela, finalmente. — Real é o que sentimos, o que tememos, o que desejamos... E eu sei que você me deseja, mesmo que não queira admitir.

Eu tentei negar, mas as palavras não saíram. Algo nela mexia comigo de uma maneira que eu não conseguia explicar, e isso me assustava mais do que qualquer coisa. Havia um poder naquela mulher que transcendia o normal, o racional.

Ela se afastou um pouco, ainda me observando como se pudesse ver através de mim, até os cantos mais sombrios da minha alma.

— Venha comigo — ela disse, estendendo a mão. — Há muito mais para você descobrir nesta noite do que imagina.

Eu hesitei, o medo e a curiosidade travando uma batalha interna. Seguir aquela mulher era como saltar para o desconhecido, para um mundo que eu não compreendia. Mas algo me dizia que, se não o fizesse, jamais saberia o que estava por trás daquele sorriso enigmático.

Finalmente, deixei o medo de lado, pelo menos o suficiente para dar o próximo passo. Eu peguei sua mão, e um arrepio percorreu meu corpo, como se eu tivesse acabado de cruzar uma linha invisível.

— Vamos — ela sussurrou, e juntos, nos perdemos na escuridão do beco, onde as sombras pareciam ganhar vida, e o mistério da noite só começava a se revelar.


3 - FESTA NO BARRACÃO

Entramos na escuridão do beco e encontramos uma construção antiga com uma porta de madeira. Do lado de fora, parecia uma daquelas quitandas das décadas de 30 e 40. 

Por um momento, temi entrar pela abertura na porta de madeira, pois a escuridão era imensa. A misteriosa mulher entrou na frente, puxando-me pela mão. Eu hesitei um instante antes de entrar, mas ela me puxou com uma leveza delicada, usando apenas a ponta dos dedos.

Comecei a ouvir tambores e atabaques, e, como se estivesse acordando de um sonho, me vi no meio de um barracão com telhado de palha e bambu. O local estava iluminado por lampiões, de forma rústica e antiga. Não sabia se era querosene ou óleo que estava sendo queimado.

Era como se eu não estivesse no século 21; o ambiente estava cheio de pessoas, em sua maioria negros e negras. Eu estava agora sentado no meio do público, e minhas roupas pareciam semelhantes às deles.

As pessoas estavam sentadas em círculo dentro daquele barracão, enquanto outros dançavam no centro, também em círculo.

Minha anfitriã surgiu correndo de um quartinho com cortinas feitas de folhas de bananeira e palmeiras. Ela parou no centro do círculo, com uma cigarrilha na mão, e soltou uma grande gargalhada. Todos ficaram em silêncio, e ela tragou, jogando a fumaça para o ar.

Uma menina, vestida de forma muito simples, se aproximou da mulher que me levou até ali e entregou-lhe uma taça com algo que parecia vinho. Ela sorriu, agradeceu à criança e bebeu, olhando de forma penetrante para mim.

Ela passou o cigarro para a mão de outra jovem e veio em minha direção. Uma pequena mureta separava o público do centro do salão. 

Ela se aproximou da mureta, de frente para onde eu estava, e me olhou como se estivesse me chamando. Eu me levantei e fui até ela. 

— Você vai beber comigo! — disse ela.

Ela bebeu da taça e, em seguida, entregou-a a mim. Quando bebi, percebi que realmente era vinho. Ela começou a dançar no meio do salão, e o som dos atabaques começou a ecoar.

Algumas pessoas surgiram com pratos de barro, oferecendo diversos tipos de comida e distribuindo entre os presentes.


Enquanto a música e a dança continuavam ao redor, eu me deixei envolver pela atmosfera vibrante do barracão. As pessoas dançavam com uma energia contagiante, seus movimentos sincronizados em um ritmo ancestral que parecia ressoar com a própria terra. A comida, servida em pratos de barro, tinha um aroma que misturava especiarias e temperos, e os sabores eram intensos e exóticos, um contraste marcante com o que eu estava acostumado.

A anfitriã, com sua presença magnética, era o centro das atenções. Cada movimento dela parecia ser uma celebração, e o sorriso que não saía de seu rosto parecia irradiar uma alegria genuína. A taça de vinho em minha mão estava agora vazia, e eu a coloquei de volta na mesa, me sentindo leve e um pouco tonto, como se a bebida tivesse me transportado para um estado de êxtase.

Enquanto a dança continuava, ela se aproximou novamente, com os olhos brilhando à luz dos lampiões. Seus cabelos soltos balançavam com a leveza dos movimentos, e sua presença parecia ser a personificação da noite.

— Venha — ela disse, estendendo a mão para mim. — Quero mostrar algo a você.

Eu a segui, curioso e um pouco ansioso. Ela me conduziu até uma pequena área lateral do barracão, onde havia um altar simples coberto com velas e oferendas. O lugar estava repleto de símbolos e objetos que eu não reconhecia, mas que tinham um aspecto sagrado e reverente.

Ela acendeu uma vela e, com um gesto suave, fez um sinal para que eu me aproximasse. Eu o fiz, observando enquanto ela fazia uma série de movimentos elegantes e gestos, murmurando palavras que soavam como um cântico.

— O que é isso? — perguntei, tentando compreender o significado da cena.

Ela me olhou com um sorriso enigmático e, antes que eu pudesse continuar, virou-se para mim e, com um olhar mais sério, disse:

— Há algo que você precisa saber sobre mim. Meu nome é Maria. 

Eu fiquei surpreso com a revelação, sem saber se deveria sentir alívio ou inquietação. Ela parecia tão enigmática, e agora, ao revelar seu nome, havia uma sensação de intimidade que ainda não compreendia completamente.

— Maria? — repeti, tentando entender o significado daquele nome, que parecia ter uma importância especial.

Ela assentiu, seu sorriso voltando a ser mais leve e acolhedor.

— Sim, Maria. Eu sou a guardiã desta noite, desta festa, e das histórias que ela conta. Há muitas coisas que você ainda precisa descobrir, e a noite está longe de acabar. 

Enquanto falava, o som dos atabaques se intensificava, e a dança ao redor parecia ganhar uma nova dimensão, como se estivesse chamando todos para se unirem em uma celebração mais profunda. Eu a observei, fascinado, enquanto ela continuava sua dança ritualística, imersa em um mistério que me convidava a explorar.

A noite parecia ter se tornado um livro em aberto, cheio de promessas e enigmas. E, enquanto Maria se movia com uma graça etérea, eu sabia que aquela experiência estava apenas começando, e que minha jornada com ela seria muito mais do que eu jamais imaginei.


4 -  OQUE VOCÊ QUER DE MIM ?

---
Imagem: ilustrativa.


As horas foram se passando, e eu me envolvi cada vez mais nas danças, bebendo ao longo da noite. Notei algumas vezes como Maria me observava, parecendo querer confirmar se eu estava realmente me divertindo. Já tinha bebido bastante antes de ser levado por Maria.

Aquela mulher misteriosa estava agora no centro do salão, e, por um momento, as pessoas começaram a se aproximar dela, buscando conselhos. Maria atendeu uma a uma, até que, após conversar com cada pessoa, segurou sua taça de vinho em uma das mãos e, com a outra, estendeu a mão para mim, sem dizer uma palavra, como se me chamasse para o centro do salão.

Sem hesitar, fui até ela.

Quando me aproximei, ela perguntou:

— Gostou da minha festa?

Apenas balancei a cabeça, afirmando que sim. Maria, então, disse:

— O que você quer de mim?

Por alguns segundos, fiquei perdido com aquela pergunta, pois imaginava que era ela, Maria, quem deveria querer algo de mim. Mas, querendo ser o mais sincero possível, respondi:

— O que eu quero de você talvez você não possa me dar.

— Por que não tenta? — disse ela.

Pela primeira vez, consegui esboçar um leve sorriso diante daquela mulher misteriosa. Ela, pela primeira vez, parecia curiosa.

Decidi pedir algo que, na verdade, não era o que eu realmente desejava naquele momento.

— Eu quero dinheiro para pagar minhas dívidas, Maria — respondi. Mas, no fundo, meu coração desejava outra coisa.

Maria deu uma estridente gargalhada e disse:

— Então, vou te dar dinheiro, rapaz! Espere, que o seu dinheiro vai chegar às suas mãos.

Maria tragou seu cigarro e me disse:

— Feche os olhos!

Fechei meus olhos, e foi quando ela soprou a fumaça de seu cigarro em meu rosto.

Acordei com o sol batendo em meu rosto, entrando pela janela do meu quarto. Perguntei a mim mesmo se havia sonhado, mas me sentia como se estivesse de ressaca após uma noite de bebedeira. Levantei-me e fui para a cozinha fazer café, mas os olhos de Maria e seu sorriso não saíam da minha mente.

Os dias foram se passando e tudo corria normalmente, até que, no final da tarde de um sábado, decidi passear para espairecer a mente e estava caminhando pelo calçadão de Icaraí, em Niterói. Parei em um quiosque para pedir uma cerveja. Um senhor, que parecia ter cerca de 60 anos, estava ali conversando com o balconista, dizendo que sua esposa estava muito enferma, com um problema no pulmão e uma tosse que não a deixava em paz havia muito tempo.

Não queria me intrometer na conversa, mas lembrei que, alguns anos atrás, também passei por uma situação semelhante, em que tomei muitos xaropes para aliviar uma tosse persistente, sem sucesso. Até que uma idosa me disse que eu deveria tomar o suco das folhas de uma planta conhecida como assa-peixe.

— Senhor, o senhor já ouviu falar em assa-peixe? — perguntei, quase sem querer, como se as palavras escapassem de minha boca.

Ele respondeu:

— Não!

Então eu disse:

— Isso pode ser a solução para sua esposa. Se o senhor der para ela o suco das folhas dessa planta por sete dias, pode ajudar.

Ele parecia surpreso e, ao mesmo tempo, muito interessado.

— Mas, meu filho, onde posso encontrar isso? Será que na feira?

Respondi:

— Se o senhor me passar o telefone, eu posso arrumar para o senhor.

Imediatamente, ele me passou o telefone, e eu garanti que não demoraria muito a encontrar a planta, já que sabia onde achá-la. Na segunda-feira, já estava com alguns ramos da planta e liguei para ele. Uma mulher, que disse ser a empregada, atendeu e me passou o endereço em Icaraí, Niterói, dizendo que o senhor morava ali mesmo. Ela pediu que eu fosse até lá.

Ao chegar no local, notei o condomínio de luxo na rua principal. Pedi ao porteiro que interfonasse e me identifiquei. Em poucos minutos, minha entrada foi permitida, o que me surpreendeu, pois imaginei que alguém viria até a portaria pegar a planta.

Aquele senhor me atendeu, e eu entreguei o assa-peixe em suas mãos, explicando exatamente como ele deveria preparar o suco. A empregada prestou atenção, pois seria incumbida de fazer o suco com as folhas da erva. O senhor se apresentou como Rodolfo e me disse:

— Seu telefone está gravado comigo, e eu te dou notícias.

Ele se despediu, depois de me oferecer um café.

Passaram-se exatamente sete dias até que meu telefone tocou. O senhor Rodolfo parecia muito feliz. Disse que sua esposa estava muito bem e que a tosse dela realmente havia cessado. Os médicos constataram que os pulmões dela estavam completamente limpos, como os de uma criança. Fiquei contente com a notícia, mesmo sem ter muita intimidade com ele ou com a esposa dele. Rodolfo disse que gostaria de falar comigo novamente e queria que fosse pessoalmente.

Concordei, e marcamos o dia para nos encontrar.

Quase dez dias haviam se passado desde minha experiência com a misteriosa Maria. E, mesmo pensando nela todos os dias, ela havia desaparecido. Eu sentia sua falta.




SpingRV Noticias: Niterói, São Gonçalo, Rio de Janeiro

Comentários

🌐 AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS EM DESTAQUE 🌐

Mostrar mais

Mais lidas da semana

MULHER MORRE ATROPELADA POR ÔNIBUS NO TERMINAL JOÃO GOULART EM NITERÓI

QUEM ERA A IDOSA QUE MORREU ONTEM APÓS SER ATROPELADA POR ÔNIBUS NO TERMINAL JOÃO GOULART, EM NITERÓI

POLICIAIS E FAMILIARES CONTINUAM BUSCAS POR INGRID CABRAL, DESAPARECIDA EM NITERÓI

MENINA DE 12 ANOS DESAPARECIDA EM SÃO GONÇALO É LOCALIZADA PELA FAMÍLIA

ATRIZ DE FILMES ERÓTICOS, FERNANDA CHOCOLATE, É ASSALTADA NO RIO DE JANEIRO

JOVEM É MORTA A FACADAS PELA COMPANHEIRA NO COMPLEXO DO ALEMÃO

MEL MAIA DIZ QUE VÍDEO QUE CIRCULA NA INTERNET USANDO SUA IMAGEM TENDO RELAÇÕES COM TRAFICANTE É FAKE

CRIMINOSOS BLOQUEIAM VIAS EM RESPOSTA A OPERAÇÃO POLICIAL EM TENENTE JARDIM

DEFESA CIVIL ALERTA PARA VENTOS FORTES EM NITERÓI NAS PRÓXIMAS HORAS

NITEROIENSES ENFRENTAM ONDA DE CALOR COM ALERTA DE BAIXA UMIDADE NESTA SEXTA-FEIRA

SpingRV Noticias - Tininha Martins


 Quem Somos | Fale Conosco | Política de Privacidade | Termos de Uso 

.

SpingRV Noticias - Diretor de jornalismo: William C. Simas
© - Todos os direitos reservados | 2024