CASO CAMILLE VITÓRIA: MÃE DA VÍTIMA DIZ QUE EX-POLICIAL ESTÁ ENVOLVIDO NA MORTE DA FILHA E APONTA CONTRADIÇÕES
EX-PM SE ENROLA EM NOVA VERSÃO DADA A POLÍCIA
A polícia continua trabalhando para solucionar o caso da morte de Camille Vitória, assassinada em uma emboscada quando supostamente saiu de casa para realizar um trabalho. As investigações buscam entender a dinâmica e a motivação do crime, além de identificar todos os envolvidos no assassinato da jovem, mãe de três crianças.
Janaína Monteiro, mãe da vítima de 21 anos, apontou contradições na versão mais recente apresentada pelo ex-PM Ednalvaro Maia Rocha. Segundo Ednalvaro, Camille teria sido assassinada por um desafeto dele que queria incriminá-lo.
Na primeira declaração à Polícia Civil, Ednalvaro afirmou que Camille recebeu uma proposta de trabalho para tirar fotos e vídeos que comprovassem a traição de uma mulher casada, pelo qual receberia R$ 2 mil. O ex-policial também disse que a jovem teria dado um golpe em uma mulher envolvendo uma joia cara, e que teria armado a situação para chegar até ela.
Ednalvaro detalhou que levou a jovem, acompanhada de outros dois homens ainda não identificados, para ser morta. Após longas horas de depoimento, ele foi convencido a levar os policiais da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) até o local da ocultação do cadáver.
"Eu acho que é mentira. Ele sabe quem matou, sabe o que aconteceu. Ele foi a última pessoa a estar com a minha filha. Acredito que ele esteja envolvido até o último fio de cabelo dele," disse Janaína.
Ainda de acordo com a mãe da jovem, a localização do celular de Camille apontava para 100 metros da casa do ex-PM, próximo ao local onde o corpo foi encontrado. "Minha filha estava enrolada em um cobertor, ela veio de algum lugar morta. Tem muita contradição nessa história," completa Janaína.
O corpo de Camille foi encontrado no dia 16 de julho e, até o momento, ainda não foi disponibilizado o laudo de necropsia com a causa da morte. "Estou muito chateada com essa demora," desabafou a mãe. O caso segue em investigação na DDPA e ninguém foi preso até o momento.
Há ainda um segundo homem, que teria recrutado Camille para o suposto trabalho, e que também está sendo investigado. Segundo as investigações, Camille recebeu uma proposta de trabalho para tirar fotos e vídeos para comprovar a traição de uma mulher casada. A pessoa que ofereceu o serviço, segundo a Polícia Civil, é João Domingos Valente, zelador do Sport Clube Anchieta, local frequentado por Camille e onde se conheceram.
Na delegacia, João disse que ofereceu esse serviço para Camille após um antigo amigo, Ednalvaro Maia Rocha, ter lhe oferecido dinheiro pela indicação de uma mulher para o trabalho.
A jovem deixou três filhos, todos menores de idade, sendo o mais novo de apenas 8 meses.
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SpingRV Notícias: Niterói, São Gonçalo, Rio de Janeiro
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