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QUEM ERA A IDOSA QUE MORREU ONTEM APÓS SER ATROPELADA POR ÔNIBUS NO TERMINAL JOÃO GOULART, EM NITERÓI

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Maria Rosa Ribeiro Doria, de 82 anos, foi atingida enquanto atravessava área proibida para pedestres no Terminal João Goulart Foto: reprodução | A idosa acabou sendo atropelada quando voltava do hospital Antonio Pedro, e iria fazer compras com o neto.  Na última terça-feira (17), Maria Rosa Ribeiro Doria, de 82 anos, foi atropelada por um ônibus enquanto tentava atravessar uma área destinada exclusivamente a coletivos, no Terminal Rodoviário João Goulart, em Niterói . O acidente ocorreu por volta das 16h18, na via de acesso da Av. Visconde do Rio Branco. Testemunhas afirmaram que a idosa teria tentado atravessar um trecho onde o tráfego de pedestres é proibido. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a vítima já estava sem vida quando os socorristas chegaram ao local. O corpo de Maria Rosa foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), no Barreto, e liberado na manhã desta quarta-feira (18) após o comparecimento de familiares.  VIDA DEDICADA AO PRÓXIMO Maria Rosa era uma frequentadora

SEGUNDO A PLATAFORMA, FOGO CRUZADO, 48% DOS CASOS EM QUE CRIANÇAS FORAM VÍTIMAS DE BALAS PERDIDAS NO RIO DE JANEIRO, HAVIA A PRESENÇA DA POLÍCIA NO TIROTEIO

GRANDE PARTE DAS AÇÕES POLICIAIS ACONTECEM EM ÁREAS DOMINADAS POR FACÇÕES CRIMINOSAS, MAS ELAS ACONTECEM EM NÚMERO MUITO MENOR EM ÁREAS DE MILÍCIA 

Foto: reprodução | Em 2024, até o dia da publicação desta matéria, 11 crianças já haviam sido atingidas por balas perdidas no Rio de Janeiro. Na foto acima, as crianças foram atingidas em 2023



Em menos de uma semana, duas meninas foram vítimas de balas perdidas no Grande Rio. No dia 13, Ana Beatriz Barcelos do Nascimento, de 12 anos, foi atingida por um tiro, quando voltava da aula de balé, na Ilha do Governador. Durante uma ação policial que, segundo o Estado, é feita para defender a população, ela virou vítima. No dia 17, uma criança, de cinco anos, também foi baleada. Dessa vez, no Morro da Mineira, no Catumbi, região Central do Rio. Uma disputa territorial, entre traficantes do Comando Vermelho e do Terceiro Comando Puro, terminou com a menina ferida, enquanto se arrumava para ir à escola.
Esses casos aconteceram na mesma semana em que foi divulgada a confirmação de que o tiro que matou a menina Eloah, de apenas cinco anos — morta, em agosto de 2023, dentro de casa, também na Ilha do Governador — partiu da arma de um policial. O sargento que atirou foi indiciado por homicídio culposo — quando não há a intenção de matar. Mas, se não é para matar, por que os policiais seguem agindo da mesma forma há tanto tempo?

Se você puxar esse fio não termina nunca. Quer ver? No caso da Eloah, o policial atirou, com um fuzil, durante uma manifestação de moradores, pela morte de um adolescente, de 17 anos. O jovem também morreu após tiroteio com a polícia, em meio a operação. Posso seguir contando, porque esse caso foi poucos dias depois da morte, também em operação policial, do Thiago Flausino, na Cidade de Deus. Lembro porque esse caso causou bastante comoção. Notou? Posso passar muito tempo aqui com uma história que puxa a outra.

Os dados do Fogo Cruzado deixam clara a falência da nossa política de segurança pública. Como é possível que tantas crianças e tantos adolescentes sejam atingidos sem que nada seja feito para mudar essa realidade? Pelo contrário, a coisa toda piora porque vai sendo normalizada e a verdade é que hoje poucos casos causam comoção na opinião pública.

Somente no primeiro semestre de 2024, nossa plataforma Futuro Exterminado mapeou 28 crianças e adolescentes baleados no Grande Rio. Foram 11 crianças baleadas, de janeiro a 20 de junho. 17 adolescentes. Desses, oito foram atingidos durante operações ou intervenções policiais. Em quantos desses casos você lembra de ter ouvido o governador se manifestar? Quantas vezes vimos a sociedade se mobilizar para pedir o fim da morte da juventude do Rio de Janeiro?

O Estado é duplamente responsável pelos estragos causados pela violência armada. É dele a responsabilidade por permitir que as facções do tráfico tenham acesso a armas e entrem em confronto. E é ele que precisa impedir que a polícia aja como motor da violência.

A justificativa para o tiro sempre é a mesma: resposta para a criminalidade. O que ninguém te diz é que quase metade (48%) das crianças e adolescentes atingidos no Grande Rio foram baleados durante ações policiais. Um terço foi vítima de bala perdida.

Estamos exterminando nosso futuro com a justificativa de que é para cuidar do presente. Enquanto essa dinâmica não mudar, os números vão continuar crescendo.

Sabem a mãe da menina Eloah? Dez meses após perder a filha, ela ainda não conseguiu voltar para casa onde a menina foi baleada, enquanto brincava. Ela chora, mas ninguém escuta, porque o choro das vítimas e de seus familiares segue sendo abafado pelo som dos tiros incessantes.

Cecília Olliveira -Diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado

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