EM MAIS UM ANO DE ELEIÇÕES MUNICIPAIS, TRABALHADORES DE NITERÓI E SÃO GONÇALO CONTINUAM PEGANDO ÔNIBUS LOTADOS E SÃO ENGANADOS PELOS POLÍTICOS
Moradores de Engenhoca, Tenente Jardim, Morro do Castro, Zumbi, Cova da Onça, Amendoeira, Alma, Caramujo, Coelho, Jóquei, sofrem com pouca condução. Em contrapartida, as Barcas que teriam que fazer a linha São Gonçalo x Rio de Janeiro, e a Linha 3 do metrô que ligaria São Gonçalo a Niterói, nunca saiu do papel.
Foto: reprodução - Políticos enganaram a população de Niterói e São Gonçalo |
Em mais um ano de eleições, chegou o momento de velhos candidatos, e também novos candidatos, baterem à sua porta pedindo votos. Porém, no dia a dia, esses mesmos candidatos parecem esquecer do sofrimento da população que trabalha todos os dias para levar o alimento para sua família.
Um dos maiores sofrimentos do trabalhador brasileiro nas grandes cidades é o momento de voltar para casa. Isso pode ser observado diariamente, por exemplo, nas cidades de Niterói e São Gonçalo. Trabalhadores são obrigados a ficar muito tempo na parada de ônibus esperando a condução para voltar para suas casas.
No horário de pico, moradores do bairro da Engenhoca, em Niterói, reclamam da falta de ônibus para chegar em casa. Dizem que o número de ônibus das linhas 41 e 61 não é suficiente para suprir a necessidade da população. Além disso, eles ainda reclamam da redução do trajeto das linhas de ônibus 29 e 28 da empresa Brasília, que tem o direito de circular na Engenhoca.
Já no bairro do Caramujo, também em Niterói, os moradores reclamam que poucos veículos da empresa de ônibus Ingá prestam serviço à comunidade. Dizem também que nos finais de semana apenas um veículo serve a comunidade do Caramujo e Morro do Céu, ambas as comunidades em Niterói.
Também no bairro do Fonseca, moradores da Rua Riodades e da Rua Cinco de Março reclamam do número reduzido de veículos que servem a comunidade. Moradores da Rua Cinco de Março reclamam da extinção da linha 25. Moradores que moram na Ladeira do Quebra, que dependiam dessa linha, precisam andar por vários minutos para chegar às suas residências.
Moradores da Cova da Onça, Morro do Castro e Tenente Jardim reclamam que a única opção de linha de ônibus para essas comunidades é a linha 67, que até tem vários veículos, porém o número entre 12 a 14 veículos disponibilizados pela empresa de ônibus Brasília não é suficiente nos horários de pico. Nos finais de semana, moradores dessas mesmas comunidades podem esperar entre 30 e 40 minutos pela chegada do ônibus.
Desde o fim da pandemia, diversas linhas de ônibus da cidade de Niterói não têm mais o veículo chamado de “sereno”, que na prática deveria circular em várias linhas e em várias comunidades, servindo a população niteroiense. Vale ressaltar que esse problema não se limita somente à cidade de Niterói.
Também em São Gonçalo, diversas comunidades sofrem com um número pequeno de ônibus na frota de diversas linhas. A empresa de ônibus Mauá extinguiu a linha que servia a comunidade da Alma. Moradores dessa comunidade e estudantes precisam andar um longo trajeto para poder ter acesso a ônibus. O ônibus da linha 549 da empresa Mauá também é difícil de ser encontrado mesmo em dias de semana.
Também em São Gonçalo, no bairro do Zumbi, moradores que dependem da linha 538 da empresa de ônibus Galo Branco precisam estar no ponto na hora exata, se não quiserem ficar um longo período na parada de ônibus esperando o próximo veículo, pois a empresa disponibiliza poucos carros nessa linha e os moradores vêm sofrendo com os poucos ônibus disponibilizados. No bairro, existe até um grupo no WhatsApp onde moradores compartilham não somente o horário dos ônibus como também o local onde o veículo está. Desta forma, moradores procuram se ajudar para não perder os poucos ônibus que circulam nessa linha, sendo que aos finais de semana apenas um veículo da linha 538 da empresa Galo Branco faz o trajeto Niterói-Zumbi.
Já os moradores que precisam se deslocar do bairro do Zumbi, em São Gonçalo, para Alcântara também sofrem com os poucos ônibus da linha 48, que também pertence à empresa Galo Branco.
A população de São Gonçalo e Niterói precisa cobrar dos seus governantes e das autoridades onde está a linha 3 do metrô tão prometida pelos políticos e que foi engavetada. Vale lembrar que, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o dinheiro para a linha 3 do metrô, que ligaria as cidades de Niterói e São Gonçalo, foi liberado. Porém, a população de São Gonçalo já vê anos se passando sem que o metrô de superfície prometido pelos governantes saia do papel.
Lembrando que entre as cidades de Niterói e São Gonçalo está um dos maiores corredores de circulação de trabalhadores nos horários de pico do Brasil, porém parece que os grandes empresários de ônibus continuarão mandando no transporte dessas cidades sem que ninguém faça nada. Assim como a linha 3 do metrô, a população de São Gonçalo aguarda há décadas pela linha de barcas que ligaria a cidade ao Rio de Janeiro e que jamais saiu do papel.
Projetos como a linha 3 do metrô e as barcas ligando São Gonçalo à capital do Rio de Janeiro desafogariam o trânsito na BR-101 e em várias vias da cidade de São Gonçalo, porém os governantes parecem não se preocupar de verdade com os trabalhadores e munícipes dessa cidade.
(Matéria) Jornalista: William C Simas.
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