Surgimento de criminosos em meio às águas barrentas agrava situação de calamidade no Rio Grande do Sul
Não bastasse a tragédia que abateu parte do povo gaúcho, agora surge, em meio às águas turvas, mais um flagelo. Quadrilhas, munidas de jetskis e canoas, estão aproveitando a situação para assaltar voluntários e socorristas que trabalham incansavelmente para ajudar as pessoas ilhadas em suas casas no Rio Grande do Sul.
Muitos moradores temem abandonar suas residências, cientes de que seus poucos pertences remanescentes podem ser roubados.
Rafael Flores, residente do bairro da Harmonia, optou por permanecer em um pequeno prédio apesar dos riscos. Questionado sobre sua decisão, ele afirmou a necessidade de proteger seus bens, descrevendo os métodos dos saqueadores que chegam à noite de remo.
Embora o registro policial esteja prejudicado, há patrulhamento policial nos bairros alagados, resultando em prisões de criminosos que saqueiam embarcações e até mesmo transportam drogas nelas.
Nos bairros ainda inundados, a falta de energia elétrica aumenta o medo, com muitas pessoas temendo a noite devido às quadrilhas que se aproveitam da vulnerabilidade do estado e da população para cometer roubos.
Dois suspeitos foram detidos no bairro Mathias Velho, um dos mais afetados pela catástrofe, após denúncias de obstrução de resgates e atos de violência contra outras embarcações. A polícia identificou os suspeitos, que foram pegos em flagrante por tráfico de drogas. Durante a operação, foram apreendidos pelo menos 14 kg de entorpecentes na embarcação.
A motivação dos criminosos para impedir a evacuação do condomínio é o temor de ficarem desamparados e de que outros delinquentes assumam o território.
Apesar da falta de sistema de registro de ocorrências devido às chuvas, a polícia local assegura que os agentes estão patrulhando as áreas inundadas.
Comentários