A cantora ainda teria tentado se explicar, mas sua explicação, veio "sem pé nem cabeça"
O pesquisador e babalaô (sacerdote do Culto de Ifá na religião iorubá) Ivanir dos Santos está entrando com uma representação pública contra a cantora Ludmilla, após a cantora exibir, durante um show no Coachella, um vídeo de uma pessoa pisando em uma oferenda, seguida da frase: “Só Jesus expulsa o tranca rua das pessoas”.A cantora chegou a fazer uma postagem nas redes sociais, explicando que a responsabilidade pelas imagens e produção exibidas não eram somente dela, e que não se tratava de intolerância, mas não convenceu ao público.
Vale lembrar, que Ludmilla, frequenta uma igreja evangélica no Rio de Janeiro.
“Uma luta de 40 anos não pode ser silenciada por uma frase de efeito em um palco internacional. Como babalawo e defensor incansável dos direitos humanos, enfrentei um momento de profunda indignação ao testemunhar palavras que ferem as raízes da nossa cultura, sendo feridas ao mundo
“Não é apenas sobre religião; é sobre respeito, é sobre entender a profundidade dos símbolos de nossa ancestralidade. O preconceito tem muitas faces, e hoje me vejo na posição de exigência, responsabilidade e conscientização" disse Ivanir dos Santos, autor da representação contra a cantora.
O deputado estadual Átila Nunes (PSD), também se manifestou contra Ludmilla, nas redes sociais.
Ele disse que o fato representa uma afronta contra as religiões de matriz africana, e também protocolou uma ação contra a cantora.
O que diz a cantora:
"Quando eu disse que vocês teriam que se esforçar pra falar mal de mim, eu não achei que iriam tão longe. Hoje tiraram do contexto uma das imagens do video do telão do show em 'Rainha da Favela', que traz diversos registros de espaços e realidades na qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha", disse ela, completando: "'Rainha da Favela' apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste.
Meu show começa com uma mensagem muito explícita, que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência, eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer! Sobre uma favela sem filtros, sem gourmetizações, sem representações caricatas"
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