Os policiais ligados ao crime, tem ligações com grupo de extermínio, milícia, e a contraventores do jogo de bicho.
Foto: reprodução |
A Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou uma operação nesta segunda-feira,4 para capturar os suspeitos envolvidos no brutal assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido à luz do dia no último dia 26, no Centro do Rio. O crime chocou a cidade pela sua audácia e violência, com a vítima atingida por 21 disparos de pistola à queima-roupa na Avenida Marechal Câmara, próxima a importantes instituições jurídicas como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público e a Defensoria Pública.
A ação policial resultou na prisão temporária, por 30 dias, de dois suspeitos identificados como Leandro Machado da Silva, policial militar do 15º BPM (Duque de Caxias), de 39 anos, e Eduardo Sobreira Moraes, de 47 anos. Ambos são considerados foragidos e são apontados como membros de um grupo criminoso de extermínio, que atua mediante pagamento e contratação, e já era alvo de investigações por outros homicídios.
As investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) revelaram que Eduardo foi responsável por vigiar e monitorar a vítima nos dias que antecederam o crime e também no dia fatídico. Ele teria seguido Rodrigo desde o momento em que saiu de sua residência, na Zona Sul do Rio, até sua chegada ao Centro da cidade, utilizando um veículo Gol branco.
Posteriormente, o veículo foi repassado a Eduardo por Leandro Machado, responsável por coordenar toda a logística do crime. Segundo as autoridades, Machado cuidou diretamente dos veículos usados na ação criminosa, tendo inclusive alugado um deles. Ainda não está claro quem teria sido o mandante do crime e qual foi a sua motivação.
O secretário de Polícia Civil do Rio, Marcus Amim, destacou a crueldade do assassinato, realizado à luz do dia e com requintes de violência. Ele afirmou que as características do crime apontam para a assinatura de um determinado grupo criminoso que já estava sob investigação pela DH. Cerca de cinquenta policiais e três delegados estão envolvidos no caso.
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos. Um dos veículos utilizados no crime foi apreendido no município de Maricá, na Região dos Lagos, no último sábado. As autoridades continuam empenhadas em avançar nas investigações para identificar outros possíveis envolvidos e o mandante do assassinato.
O advogado Rodrigo Marinho Crespo, vítima desse ato bárbaro, era um profissional respeitado e atuante, deixando familiares, amigos e colegas consternados com sua morte trágica. A Polícia Civil reiterou seu compromisso em esclarecer o crime e levar os responsáveis à justiça, garantindo a segurança e a paz da população carioca.
Comentários