CASAL PRESO POR CRIAR "VAQUINHAS" FALSAS.
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Um crime chocante foi desvendado pela Polícia Civil neste sábado, no Rio de Janeiro, resultando na prisão de Tainara Ribeiro Subtil e Luiz Antônio dos Santos Barbosa. O casal foi detido em uma pousada em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, após uma denúncia feita pela família de uma das vítimas.
De acordo com informações do Ministério Público do Rio (MP-RJ), o casal é acusado de criar campanhas fraudulentas de arrecadação de fundos usando crianças doentes. O modus operandi dos criminosos consistia em montar uma comovente campanha de arrecadação, com fotos de uma criança supostamente doente e um documento médico falso. Entretanto, a criança exibida na campanha não possuía qualquer vínculo com o casal, que embolsava todo o dinheiro arrecadado.
A gravidade do golpe foi evidenciada quando a reportagem do Fantástico, da TV Globo, revelou que o casal conseguiu arrecadar a quantia absurda de R$ 35 mil em apenas um mês. Entre as vítimas desse ardil estava a família de Madelaine Morigi e Renato, que, pensando ajudar no tratamento de um tumor, contribuiu com R$ 13 mil. No entanto, ao descobrirem a fraude, foram tomados por uma sensação de indignação e impotência. Madelaine relata ter sido vítima de ataques nas redes sociais, ao afirmar que a criança da foto era sua filha. Só então percebeu o alcance do esquema fraudulento que lesou tantas pessoas.
A investigação revelou que Luiz Antônio dos Santos Barbosa utilizava a conta bancária de sua mãe, Hosana Rodrigues dos Santos, para receber o dinheiro proveniente dos golpes. Além disso, o Fantástico identificou que o golpe se estendia por pelo menos cinco Estados, onde foram registrados boletins de ocorrência relacionados a perfis falsos atribuídos a Tainara.
Diante desse triste episódio, fica evidente a importância de se verificar a veracidade de campanhas de arrecadação online e de se denunciar prontamente casos suspeitos às autoridades competentes. A confiança e a solidariedade devem ser preservadas, mas sempre aliadas à cautela e à responsabilidade, a fim de evitar que criminosos continuem explorando a generosidade das pessoas em momentos tão delicados como o enfrentamento de doenças graves.
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