Foto: reprodução / Instagram |
A Polícia do Rio de Janeiro está investigando um ataque violento contra duas mulheres transexuais ocorrido na Lapa, região boêmia da cidade, durante o último fim de semana. O crime teria acontecido na saída de uma casa de samba.
Uma das vítimas relatou em suas redes sociais e compartilhou fotos de hematomas e ferimentos, alegando ter sido agredida por um grupo de 15 homens, incluindo seguranças do estabelecimento. Em contrapartida, o Casarão do Firmino, localizado nas proximidades, emitiu uma nota afirmando que a narrativa era falsa e criada para desviar a culpa pela "confusão".
A Polícia Civil divulgou uma nota informando que o caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá). A investigação está em andamento, com os envolvidos sendo ouvidos e os agentes buscando testemunhas e imagens de câmeras de segurança da região para esclarecer todos os fatos.
A vítima das agressões descreveu que foi brutalmente espancada por um grupo de homens, incluindo seguranças, ambulantes e até um motorista de aplicativo Uber. Após ser retirada à força do local, ela alega ter sido alvo de agressões verbais transfóbicas, como insultos do tipo "pode bater que é tudo homem". O relato continua com o grupo sendo jogado no chão e agredido em diversas partes do corpo, incluindo cabeça e rosto.
Posteriormente, a denunciante afirma que ela, sua irmã (também mulher trans) e uma mulher cisgênero que as acompanhava foram impedidas de deixar o local, mesmo após entrarem em um táxi, onde teriam sofrido mais agressões. Somente após conseguirem sair do local é que buscaram ajuda junto à polícia.
Em um desabafo, a vítima destaca a dura realidade enfrentada pelas mulheres trans no Brasil, mencionando as estatísticas que colocam o país como o 14º no ranking mundial de nações que mais registram assassinatos de pessoas trans. "Como mulheres trans, sobrevivemos às estatísticas. Renascemos", conclui.
Versão do estabelecimento:
O Casarão do Firmino, por sua vez, relata que, quando o samba já havia terminado, um grupo já do lado de fora começou a arremessar garrafas em direção aos funcionários da casa, o que teria ferido dois seguranças que foram socorridos e teriam passado por exame de corpo de delito.
"Segundo relatos, o mesmo grupo se envolveu em uma briga corporal com ambulantes na rua. O citado grupo ainda teria se desentendido com um motorista de aplicativo que registrava o tumulto com o celular", diz nota do estabelecimento postada em suas redes sociais.
O Casarão do Firmino conclui afirmando que é "um espaço de resistência, alegria e amor" e repudia todos os tipos de violência com a mesma força que combate "qualquer mentira criada para ocultar os verdadeiros provocadores e culpados dessa confusão".]
"Segundo relatos, o mesmo grupo se envolveu em uma briga corporal com ambulantes na rua. O citado grupo ainda teria se desentendido com um motorista de aplicativo que registrava o tumulto com o celular", diz nota do estabelecimento postada em suas redes sociais.
O Casarão do Firmino conclui afirmando que é "um espaço de resistência, alegria e amor" e repudia todos os tipos de violência com a mesma força que combate "qualquer mentira criada para ocultar os verdadeiros provocadores e culpados dessa confusão".]
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