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A Mitsui, empresa japonesa que controla a SuperVia, entregou um comunicado à Secretaria estadual de Transportes informando que não tem mais interesse em operar na malha viária do Rio. A decisão ocorre em meio a um impasse sobre o cumprimento, pelos japoneses, de investimentos na melhoria do sistema previsto em um dos aditivos ao contrato, que alegam um desequilíbrio econômico-financeiro.
Desde 2019, a Mitsui controla o controle acionário da SuperVia, assim como o grupo japonês Gumi. No entanto, assim como acontece atualmente com o Grupo CCR, a saída da SuperVia da operação não será imediata, pois os contratos de concessão não permitem uma descontinuidade dos serviços públicos.
O contrato atual da empresa venceria em outubro deste ano, e em 2010, um aditivo prorrogou a concessão até 2043. Entretanto, o aumento do prazo estava condicionado a uma série de investimentos que o estado entende que não foram honrados. A SuperVia afirmou que não comentará o assunto, e o governo do estado não se manifestou.
A Mitsui decidiu entregar a concessão no momento em que negociava com o estado um décimo-terceiro aditivo do contrato, que iria prever mais investimentos da concessionária para melhorar os serviços. Atualmente, o sistema transporta 350 mil passageiros por dia, enquanto a média transportada antes da pandemia era de 600 mil/dia.
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