TRAGÉDIA DO RAIO QUE CAIU NO HORTO BOTÂNICO DO FONSECA COMPLETA 37 ANOS E É ESQUECIDA POR NITEROIENSES
A MATÉRIA ALARMANTE QUE ESTAMPAVA A CAPA DO JORNAL O FLUMINENSE NA MANHÃ DO DIA 23 DE NOVEMBRO DE 1985 CHAMOU ATENÇÃO DO RIO DE JANEIRO.
Na próxima Terça - Feira,(22) de novembro, se completará 37 anos que uma tragédia aconteceu no Horto Botânico do Fonseca, que na época também era um zoológico.
Professores, da escola Particular Santa Marta, que ficava ao lado do Horto, decidiram levar as crianças para fazer um passeio no horto, oque era muito comum aquela época, uma vez que a escola ficava muito próximo do horto, ali mesmo no bairro do Fonseca, em Niterói.
Os jornais da época apresentam números desencontrados de quantas pessoas estavam presentes naquela tarde do dia 22 de novembro de 1985. O jornal O Fluminense, diz na sua edição do dia 23 de novembro que 80 pessoas estava presentes no local na hora do acidente.
Os professores e as crianças haviam se dirigido para parte de trás do horto, e o tempo teria fechado rapidamente. Para se abrigar do início de uma chuva, eles ficaram embaixo de um quiosque que existe no local até hoje.
Porém, talvez por falta de informação, passou desapercebido para os professores, que um pé de Eucalipto de 10 metros de altura, estava a menos de um metro do quiosque que os professores e as crianças usaram para se abrigar.
Um raio que precederia a um forte temporal, caiu sobre o pé de Eucalipto, a menos de 1 metro de onde todos estavam abrigados.
A forte descarga elétrica teria jogado as cascas do eucalipto longe, espalhando pedaços da casca em volta do local. Uma professora foi lançada em cima de um banco que ficava no interior do quiosque.
O impacto do raio com o solo aconteceu as 15:30 hrs.
O jovem, Marco Antonio Miguel Barreto, de 17 anos, contou que estava presente no local do acidente, sendo atingido pelo raio. Segundo ele, no momento da descarga elétrica, ele estava perto de uma pilastra, e ficou literalmente grudado a ela sem conseguir se soltar, e que segundos após o impacto do raio no solo, o corpo dele foi arremessado ao chão, e ele não conseguia se mexer.
Marcos Antonio Miguel Barreto, era amigo da jovem, Claudia Maria Freitas Ribeiro, de 14 anos, que ficou internada no Hospital Antonio Pedro no CTI. Claudia, faleceu no dia 5 de dezembro, praticamente duas semanas após a tragédia, sendo sepultada no cemitério Maruí, no dia 6 de dezembro de 1985.
De todas as pessoas que estavam no local, 11 pessoas ficaram feridas.
Fica muito claro, a desinformação, das pessoas na época, pois o próprio jornal local citava que um prédio da administração do horto, tinha um para raio, e estava a poucos metros do local do incidente. Porém, obvio que o eucalipto atingido, era maior que a altura do prédio, e do próprio para raio que havia em cima do prédio.
Outro erro, é que na época, havia muitas pessoas próximas umas das outras, e embaixo de uma árvore com no mínimo 10 metros de altura.
As pessoas feridas foram levadas para os hospitais locais, como Getulinho, e Antonio Pedro.
Os jornais da época citam os nomes de algumas vítimas, como os nomes de: Ellen Pereira Pena, de 2anos, Clarice Pereira, que estava gravida, Wladimir Carlos Simas, de 8 anos, levado para o hospital Getulinho, e Renata Pinto, de 6 anos, com queimaduras na maior parte das costas. A matéria citava também Only da Silva, de 9 anos, que teve traumatismo craniano.
Nesta tragédia, duas pessoas vieram a óbito, e várias se feriram na ocasião.
A SpingRV, pesquisou exaustivamente materiais na internet para contar para o público a história desta tragédia. Não havia nenhum site, falando a respeito do ocorrido, e as matérias encontrados por nossa equipe estava no acervo da biblioteca nacional, e no acervo do jornal O Globo.
Matéria do jornal O Fluminense, trazia o destaque em primeira capa da tragédia. |
Foto: Jornal O Fluminense, de 7 de Dezembro de 1985, trazia a notícia da morte da segunda vítima da tragédia. |
Jornal O Fluminense - 7 de dezembro de 1985 - Acervo da biblioteca nacional. |
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