A GANÂNCIA QUE LEVOU A CCR BARCAS PARA O BURACO - As barcas foram privatizadas no governo de Marcelo Alencar, assim como a ponte Rio - Niterói. A tal ideia de reduzir o tamanho da máquina do estado, nem sempre funciona. As Barcas S.A., era um consórcio de empresas de ônibus que passaram a ter o direto de explorar os serviços das barcas. Mas logo que assumira, eles aumentaram o preço das passagens que quase dobrou. Antigamente, o valor da passagem era o mesmo da passagem de um ônibus intermunicipal.
Logo, as Barcas S.A, descobriu que não era um bom negócio ter comprado a concessão das barcas. Os custos, segundo eles para fazer a manutenção, pagar funcionários, mesmo com o aumento das passagens, não era lucrativo. Porém, na verdade, o número de passageiros vem caindo ano a ano desde a privatização das barcas. Será que nenhuma destas empresas pensou que o preço das passagens estaria afugentando os passageiros? Enfim, após as Barcas S.A, descobrirem que seu negócio de comprar a concessão não foi satisfatório, resolveu devolver ao estado que no que lhe concerne repassou a concessão para CCR Barcas.
Durante todo o tempo em que a CCR Barcas, esteve na frente dos serviços aquaviários, nunca fizeram se quer uma única promoção de redução das passagens, para no mínimo ter a noção se isso aumentaria o fluxo de passageiros.
Os pensamentos sempre estiveram voltados para redução da frota, e aumento das passagens.
O problema se agravou para CCR Barcas, com o aumento dos combustíveis, e a saída encontrada pela empresa, foi reduzir o número de viagens das embarcações para poupar diesel, na tentativa de aumentar os lucros da empresa.
Durante o governo de Garotinho, a CCR Barcas resolveu tirar a Barca Sereno. E o maior absurdo de todos, foi retirar todas as barcas de circulação antes das 21 horas.
A desculpa foi que não havia fluxo de passageiros suficientes.
A chegada dos carros de aplicativo, e passagens de ônibus mais baratas, realmente tornava inviável a circulação das barcas neste horário noturno.
Mas aqui entre nós... nos horários de pico, quando a ponte Rio - Niterói quase sempre está engarrafada, a CCR Barcas nunca pensou em tirar vantagem? Não seria aí a grande oportunidade da empresa de aproveitar para lucrar? Talvez, sim!
Mas oque se via na Praça XV, eram filas gigantes, e dentro das embarcações, passageiros no calor, viajando em pé.
Administrar um serviço como este nos dias de hoje, realmente não é fácil com tanta concorrência, mas como eu costumo sempre dizer, a vida é cheia de escolhas, e todas as escolhas terão seus riscos. E se você não quer arriscar, ficará sem vida.
A CCR Barcas, e as Barcas S.A, perdem a vida, porque só arriscaram pensando no lucro próprio, quando, na verdade, deveriam conciliar seu lucro com vantagens de seus passageiros.
No horário de pico, andar de barca, e não ficar horas preso no engarrafamento, até poderia ser uma ótima opção, não fosse o preço caro a se pagar, e ainda viajar de pé.
Texto Jornalista: William C Simas
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