A EXATOS 60 ANOS ATRÁS NITERÓI CHORAVA PELA MAIOR TRAGÉDIA EM AMBIENTE FECHADO NO MUNDO - O INCÊNDIO NO GRAN CIRCUS NORTE-AMERICANO MATOU MAIS DE 500 PESSOAS
O DIA EM QUE NITERÓI CHOROU A MORTE DE MAIS DE 500 PESSOAS; A MAIORIA CRIANÇAS
No dia 17 de Dezembro de 1961, a cidade de Niterói, e o mundo ficaram assombrados com a maior tragédia em ambiente fechado do mundo.
O incêndio no Gran Circos Norte - Americano, aconteceu na cidade de Niterói, e é uma tragédia que continua viva na mente de muitas pessoas.
Os mais jovens quando passam pela praça dos Combatentes, no centro de Niterói, podem não saber que naquele local, morreram 503 pessoas; a maioria, crianças.
E 800 pessoas ficaram feridas.
O Gran Circus Norte -americano, em seus anúncios dizia ser o maior e mais completo circo da América latina. O circo contava com cerca de 60 artistas, 20 empregados, e 150 animais. O dono do circo, Danilo Stevanovich, havia comprado uma lona nova, que pesava seis toneladas, e seria de náilon - detalhe que fazia parte da propaganda do circo. Mas este material era altamente inflamável. O Norte-Americano chegou a Niterói uma semana antes da estreia e instalou-se na praça Expedicionário, na avenida Feliciano Sodré, centro da cidade.
Recentemente uma rede de supermercado atacadista abriu uma nova loja de frente para o local onde a tragédia aconteceu. Apenas para que as pessoas possam se situar e saber exatamente onde era o local.
A montagem do circo demandava tempo e muita mão de obra. Danilo, dono do circo, contratou cerca de 50 trabalhadores avulsos para a montagem do circo. Um deles, Adílson Marcelino Alves, o “Dequinha”, tinha antecedentes por furto e apresentava problemas mentais. Trabalhou dois dias e foi demitido por Danilo Stevanovich. O motivo da demissão era que Dequinha era muito atrapalhado. Dequinha ficou inconformado com a demissão, e passou a ficar rondando as imediações do circo.
Na estreia, 15 de dezembro de 1961, o circo estava tão cheio, que Danilo Stevanovich mandou suspender a venda de ingressos, para frustração de muitos. Nessa noite, Dequinha tentou entrar no circo sem pagar o ingresso, mas foi visto e expulso do local pelo tratador de elefantes, Edmílson Juvêncio.
No dia seguinte, 16 de dezembro, sábado, Dequinha continuava a perambular pelo circo e começou a provocar o arrumador Maciel Felizardo, que era constantemente acusado de ser culpado da demissão de Dequinha. Seguiu-se uma discussão e Felizardo deu uns tapas em Dequinha, que reagiu e jurou se vingar gritando que eles iriam pagar caro, e que aquilo não ficaria assim.
Na tarde de 17 de dezembro de 1961, Dequinha se reuniu com José dos Santos, o "Pardal", e Walter Rosa dos Santos, o “Bigode”, com o plano de pôr fogo no circo. Eles se encontraram num local denominado Ponto de Cem Réis, na divisa do bairro Fonseca com o centro, e decidiram pôr em prática o plano de vingança. Um dos comparsas de Dequinha, responsável pela compra da gasolina, advertiu Dequinha dizendo que o circo estava muito lotado, e que poderia haver muitas mortes. Porém, Dequinha estava irredutível: queria vingança e dizia que Stevanovich tinha uma grande dívida com ele.
Com três mil pessoas na plateia, ás 15:45 da tarde, quando faltavam 20 minutos para o espetáculo acabar, e a trapezista Nena (Antonietta Stevanovich, irmã de Danilo) que estava terminando sua apresentação gritou dando o alerta de fogo. Como ela estava em cima do trapézio, foi a primeira a avistar as chamas subindo pela lona. Em pouco mais de cinco minutos, o circo foi completamente devorado pelas chamas. 372 pessoas morreram na mesma hora e, aos poucos, vários feridos morriam, chegando a mais de 500 mortes, das quais 70 % eram crianças. O numero de mortes não foi maior, porque a elefanta Sema ao notar o perigo, conseguiu fugir de sua jaula, e com sua força, arrebentou parte da lona, abrindo caminho a um maior número de pessoas a fugir. A lona, que chegou a ser anunciada como sendo de náilon, era, na verdade, feita de tecido de algodão revestido de parafina, um material altamente inflamável.
Por coincidência, naquele dia, a classe médica do estado do Rio de Janeiro estava em greve. O Hospital Antônio Pedro, o maior de Niterói, estava fechado. A população arrombou a porta e, os médicos em greve foram sendo convocados através da rádio, pelos soldados do exército, os quais compareceram ao hospital de imediato. Médicos de clínicas particulares também foram atender no hospital como voluntários. Em todos os cinemas e teatros de Niterói, Rio de Janeiro e outras cidades vizinhas interromperam seus espetáculos para perguntar se haveria médicos entre o público, tal foi a dimensão da catástrofe. Todos os padres de Niterói e São Gonçalo também foram convocados de emergência, para darem a unção dos enfermos (antes chamada extrema-unção) às vitimas que já se sabia que não tinham qualquer hipótese de sobrevivência. Nos dias seguintes, várias personalidades da elite fluminense e, brasileira no geral, deslocaram-se à Niterói para prestar o máximo de apoio e auxílio às vitimas. Dentre essas personalidades, destaca-se o então presidente, João Goulart.
As agências funerárias não tinham mais caixões, e não havia tempo para repor o estoque tal era elevado o número de caixões que eram necessários, para enterrar as vítimas fatais. O Estádio Caio Martins foi transformado numa oficina provisória para a construção rápida de caixões, com carpinteiros da região que passaram a trabalhar dia e noite. Os cemitérios municipais de Niterói logo ficaram lotados; assim, uma fazenda no município de São Gonçalo, vizinho de Niterói, foi usada de urgência como cemitério para enterrar os corpos restantes. Essa fazenda, onde os corpos foram colocados em caráter de emergência, é o local onde hoje encontra -se o cemitério São Miguel.
Com base no depoimento de funcionários do circo que acompanharam as ameaças de Dequinha, ele foi preso em 22 de dezembro de 1961. Os cúmplices Bigode e Pardal também foram presos.
Em 24 de outubro de 1962, Dequinha foi condenado a 16 anos de prisão e a mais 6 anos de internação em manicômio judiciário, como medida de segurança. Sete anos após ele fugiu da Penitenciária Vieira Ferreira Neto, em Niterói, e foi encontrado morto com 13 tiros no alto do morro Boa Vista, no Fonseca na mesma cidade. Bigode recebeu 16 anos de condenação, e mais 1 ano em colônia agrícola. Finalmente, Pardal foi condenado a 14 anos de prisão, e mais 2 anos em colônia agrícola.
No dia 17 de Dezembro de 1961, a cidade de Niterói, e o mundo ficaram assombrados com a maior tragédia em ambiente fechado do mundo.
O incêndio no Gran Circos Norte - Americano, aconteceu na cidade de Niterói, e é uma tragédia que continua viva na mente de muitas pessoas.
Os mais jovens quando passam pela praça dos Combatentes, no centro de Niterói, podem não saber que naquele local, morreram 503 pessoas; a maioria, crianças.
E 800 pessoas ficaram feridas.
O Gran Circus Norte -americano, em seus anúncios dizia ser o maior e mais completo circo da América latina. O circo contava com cerca de 60 artistas, 20 empregados, e 150 animais. O dono do circo, Danilo Stevanovich, havia comprado uma lona nova, que pesava seis toneladas, e seria de náilon - detalhe que fazia parte da propaganda do circo. Mas este material era altamente inflamável. O Norte-Americano chegou a Niterói uma semana antes da estreia e instalou-se na praça Expedicionário, na avenida Feliciano Sodré, centro da cidade.
Recentemente uma rede de supermercado atacadista abriu uma nova loja de frente para o local onde a tragédia aconteceu. Apenas para que as pessoas possam se situar e saber exatamente onde era o local.
A montagem do circo demandava tempo e muita mão de obra. Danilo, dono do circo, contratou cerca de 50 trabalhadores avulsos para a montagem do circo. Um deles, Adílson Marcelino Alves, o “Dequinha”, tinha antecedentes por furto e apresentava problemas mentais. Trabalhou dois dias e foi demitido por Danilo Stevanovich. O motivo da demissão era que Dequinha era muito atrapalhado. Dequinha ficou inconformado com a demissão, e passou a ficar rondando as imediações do circo.
Na estreia, 15 de dezembro de 1961, o circo estava tão cheio, que Danilo Stevanovich mandou suspender a venda de ingressos, para frustração de muitos. Nessa noite, Dequinha tentou entrar no circo sem pagar o ingresso, mas foi visto e expulso do local pelo tratador de elefantes, Edmílson Juvêncio.
No dia seguinte, 16 de dezembro, sábado, Dequinha continuava a perambular pelo circo e começou a provocar o arrumador Maciel Felizardo, que era constantemente acusado de ser culpado da demissão de Dequinha. Seguiu-se uma discussão e Felizardo deu uns tapas em Dequinha, que reagiu e jurou se vingar gritando que eles iriam pagar caro, e que aquilo não ficaria assim.
Na tarde de 17 de dezembro de 1961, Dequinha se reuniu com José dos Santos, o "Pardal", e Walter Rosa dos Santos, o “Bigode”, com o plano de pôr fogo no circo. Eles se encontraram num local denominado Ponto de Cem Réis, na divisa do bairro Fonseca com o centro, e decidiram pôr em prática o plano de vingança. Um dos comparsas de Dequinha, responsável pela compra da gasolina, advertiu Dequinha dizendo que o circo estava muito lotado, e que poderia haver muitas mortes. Porém, Dequinha estava irredutível: queria vingança e dizia que Stevanovich tinha uma grande dívida com ele.
Com três mil pessoas na plateia, ás 15:45 da tarde, quando faltavam 20 minutos para o espetáculo acabar, e a trapezista Nena (Antonietta Stevanovich, irmã de Danilo) que estava terminando sua apresentação gritou dando o alerta de fogo. Como ela estava em cima do trapézio, foi a primeira a avistar as chamas subindo pela lona. Em pouco mais de cinco minutos, o circo foi completamente devorado pelas chamas. 372 pessoas morreram na mesma hora e, aos poucos, vários feridos morriam, chegando a mais de 500 mortes, das quais 70 % eram crianças. O numero de mortes não foi maior, porque a elefanta Sema ao notar o perigo, conseguiu fugir de sua jaula, e com sua força, arrebentou parte da lona, abrindo caminho a um maior número de pessoas a fugir. A lona, que chegou a ser anunciada como sendo de náilon, era, na verdade, feita de tecido de algodão revestido de parafina, um material altamente inflamável.
Por coincidência, naquele dia, a classe médica do estado do Rio de Janeiro estava em greve. O Hospital Antônio Pedro, o maior de Niterói, estava fechado. A população arrombou a porta e, os médicos em greve foram sendo convocados através da rádio, pelos soldados do exército, os quais compareceram ao hospital de imediato. Médicos de clínicas particulares também foram atender no hospital como voluntários. Em todos os cinemas e teatros de Niterói, Rio de Janeiro e outras cidades vizinhas interromperam seus espetáculos para perguntar se haveria médicos entre o público, tal foi a dimensão da catástrofe. Todos os padres de Niterói e São Gonçalo também foram convocados de emergência, para darem a unção dos enfermos (antes chamada extrema-unção) às vitimas que já se sabia que não tinham qualquer hipótese de sobrevivência. Nos dias seguintes, várias personalidades da elite fluminense e, brasileira no geral, deslocaram-se à Niterói para prestar o máximo de apoio e auxílio às vitimas. Dentre essas personalidades, destaca-se o então presidente, João Goulart.
Conta -se que elefantes que conseguiram escapar queimados do fogo, ficaram em pé se balançando de um lado para o outro por causa das dores.
Pais que conseguiram fugir, gritavam desesperados por seus filhos que ficaram no meio das chamas.
As agências funerárias não tinham mais caixões, e não havia tempo para repor o estoque tal era elevado o número de caixões que eram necessários, para enterrar as vítimas fatais. O Estádio Caio Martins foi transformado numa oficina provisória para a construção rápida de caixões, com carpinteiros da região que passaram a trabalhar dia e noite. Os cemitérios municipais de Niterói logo ficaram lotados; assim, uma fazenda no município de São Gonçalo, vizinho de Niterói, foi usada de urgência como cemitério para enterrar os corpos restantes. Essa fazenda, onde os corpos foram colocados em caráter de emergência, é o local onde hoje encontra -se o cemitério São Miguel.
Com base no depoimento de funcionários do circo que acompanharam as ameaças de Dequinha, ele foi preso em 22 de dezembro de 1961. Os cúmplices Bigode e Pardal também foram presos.
Em 24 de outubro de 1962, Dequinha foi condenado a 16 anos de prisão e a mais 6 anos de internação em manicômio judiciário, como medida de segurança. Sete anos após ele fugiu da Penitenciária Vieira Ferreira Neto, em Niterói, e foi encontrado morto com 13 tiros no alto do morro Boa Vista, no Fonseca na mesma cidade. Bigode recebeu 16 anos de condenação, e mais 1 ano em colônia agrícola. Finalmente, Pardal foi condenado a 14 anos de prisão, e mais 2 anos em colônia agrícola.
Durante muitos anos, nenhum circo voltou a cidade de Niterói, e aquele clima de tristeza pairou durante a cidade por decadas.
Dias antes de acontecer essa tragédia que até hoje é considera a maior em ambiente fechado do mundo, um homem chamado José Datrino, começou a plantar flores perto do local onde o incêndio aconteceria, e a falar coisas estranhas. Ele era um grande empresário.
Após o incêndio no circo, no mesmo ano; na véspera de natal, José Datrino acordou e disse que vozes do mundo astral haviam lhe dado o recado que ele deveria abandonar o mundo material e passar a viver somente para o mundo espiritual.
ele voltou ao local da tragédia e começou a plantar mais plantas transformando o local em um jardim. O jardim depois foi retirado dali e foi construída no local a policlínica do exercito. Porém, José Datrino, passou a andar pelas ruas do Rio de Janeiro, vestido com uma túnica branca, e distribuindo rosas, e escreveu vários painéis no centro do Rio de Janeiro, nos pilares de pontes, onde pregava a paz, o amor, e pedia gentileza entre as pessoas.
Por este motivo ele passou a ser conhecido como o "Profeta Gentileza''
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