ZÉ PELINTRA ESTÁ LIGADO A MALANDRAGEM QUE FOI MARGINALIZADA NO PASSADO PELA ELITE, E QUEM REPRESENTA ESSA ELITE HOJE É O GRUPO POLITICO DE MARCELO CRIVELLA
Essa imagem da malandragem no centro do Rio ganhou força entre 1890 e 1940. Muitos destes malandros, de terno bem engomados, eram trabalhadores, vindos principalmente da Bahia, para trabalhar como estivadores. Eram escravos libertos, que só receberam este nome de malandros, por gastar seu dinheiro pela madrugada em rodadas de bebida, jogatinas, e por serem marginalizados por sua cor e classe social. Parece que isso não mudou muito até hoje.
Eram discriminados por pessoas de classe mais elevadas, pelos mesmos motivos já falados acima.
É importante deixar claro, que a malandragem que aqui é citada, não está ligada diretamente ao crime, e sim ao estilo de vida, e este estilo de vida, era condenado por parte de uma parcela da sociedade com o poder aquisitivo maior.
Por conta disso tudo, surgiu a figura do Zé Pelintra. Figura Folclórica brasileira, que tem sua imagem fortemente ligada a malandragem carioca.
Além desta perseguição aos boêmios da noite, os músicos, sambistas, e artistas de rua, foram também sendo incorporados a este universo da malandragem, e eram desprezados pela elite carioca.
A figura do malandro, está ligada as suas vestimentas, claro que estamos falando desta malandragem boemia, também ligada ao bairro da Lapa.
REPRESENTANTES DA ELITE NOS DIAS DE HOJE
Essa elite do passado, que perseguia os malandros boêmios, os músicos e sambistas, estão muito presentes nos dias de hoje, e muito bem representados.
O atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, é o representante desta elite, que persegue sambistas, artistas, tal qual faz o seu grupo politico da atualidade.
O prefeito, deve ter mexido com os espíritos malandros, ao desdenhar, do carnaval, e dizer que Eduardo Paes, seu adversário politico desfilava com chapéu de Zé Pelintra, para promover a sua imagem.
Eduardo Paes, ex prefeito do Rio de Janeiro, disse que Crivella, perseguia a cultura e as manifestações populares do Rio de Janeiro. Era uma discursão atual, mas que vem sendo travada a centenas de anos no Brasil. De um lado. Os setores da elite, que marginalizam o pobre, o negro, e as pessoas da periferia, e só se lembram desta gente quando é para uso de seu trabalho ou para tirar algum tipo de proveito.
De outro, Eduardo Paes, parecia, sim representante da malandragem, que não é nenhum inocente nesta historia toda, mas que tem um gabarito politico muito melhor do que o de seu adversário, Marcelo Crivella.
O chapéu? Era um acessório da malandragem, sim! Mas figuras ilustres usaram o chapeuzinho do Zé Pelintra, heim?
Tom Jobim, Santos Dumont, e o presidente Getulio Vargas, usaram o chapéu que Crivella, associa a entidade, Zé Pelintra, entidade da Umbanda, conhecida em todo Brasil.
Até mesmo o Zé Carioca, usa o chapéu da malandragem.
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