ABANDONO DO PODER PUBLICO FAZ POBRES PASSAREM POR HUMILHAÇÃO ATÉ EM CASOS DE FALECIMENTO
Humilhação, descaso, são consequências do abandono do poder publico as comunidades carentes do Rio de Janeiro. As situações se repetem sem que ninguém faça absolutamente nada!
O corpo de Wandermi Alexandre Ferreira Junior, de 34 anos, que faleceu após sofrer de um mal súbito nesta terça-feira (20), esperou mais de 7 horas para poder ser removido na comunidades da Linha, em São Gonçalo.
Cintia Santos, vizinha do eletricista, contou que uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou na Praça Osvaldo Xavier por volta das 9h e atestou o óbito, mas somente por volta de 16h o corpo foi removido.
“Uma viatura da polícia veio no local e disse que teria que ir à delegacia pegar um papel para a remoção. Fomos na delegacia e não havia solicitação nenhuma por lá”, disse.
Ainda de acordo com a vizinha, a remoção que chegou no local por volta das 13h30, alegou que o corpo estava em área de risco e no interior da comunidade não teria como ser removido. Sem auxílio do poder público, familiares e vizinhos se reuniram e por conta própria removeram o corpo até a entrada da comunidade, onde permaneceram aguardando a remoção.
Ao lado do corpo, permaneceu a mãe de 70 anos em aflição.
“Não basta ver o filho morto ainda ter que passar por essa situação. É muito triste, ninguém merece passar por isso”, desabafou a vizinha.
Não é a primeira vez que isso acontece em São Gonçalo, e Niterói, também já tem tido diversos casos de que o corpo fica aguardando horas para ser removido.
Muitas vezes a desculpa é que o corpo está em area de risco, mas há casos em que mesmo estão nas vias principais de bairros, o corpo de cidadãos demora a ser removido de forma digna.
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