Ensina Câmara Cascudo que a expressão se deve a Joana I de Nápoles, que viveu na Idade Média entre 1326 e 1382 e foi rainha de Nápoles e condessa de Provença. Teve uma vida atribulada e em 1346 passou a residir em Avinhão, na França, segundo alguns autores por ter se envolvido em uma conspiração em Nápoles de que resultou a morte de seu marido André, segundo outros por ter sido exilada pela Igreja por causa de sua vida desregrada e permissiva.
Em 1347, aos 21 anos, Joana regulamentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar." Transposta para Portugal, a expressão «paço-da-mãe-joana» tornou-se sinónimo de prostíbulo. Teófilo Braga, na sua obra etnográfica «Costumes Crenças e Tradições, Vol II», de 1885, refere que a expressão ainda era de uso comum nos Açores.
Trazida para o Brasil, o termo paço, por não ser da linguagem popular, foi substituído por casa e Casa da mãe Joana e serviu, por extensão, para indicar o lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde imperam a desordem, a desorganização.
Este termo quer dizer também que tal casa não possui janela nem porta, onde todos entram e saem sem pedir licença, imperando, portanto indisciplina, desrespeito, dentre outros.
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